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Oi, gente! Eu sou a Aninha! Potterhead, v-lover, tinista e semideusa filha de Poseidon. Adoro música e leitura!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Conto de Mistério - o meu novo vizinho

Minha cidade não é muito grande.
Minha vizinhança é menor ainda.
Todos conhecem todos, e a maioria de nós estuda na mesma escola, também.
Naquela semana, havia se mudado para meu bairro uma nova família. Uma mãe e seu filho, que aparentava ter a minha idade, mais ou menos.
Eram uma família estranha, por assim dizer. Nunca saíam de casa. O garoto estudava na minha escola, mas não na minha turma e eu raramente o via pelos corredores.

Era Sexta-Feira. Em dias de sexta-feira, eu e meus vizinhos ficamos juntos numa praça, brincando e conversando até a lua nascer, ou até a primeira mãe chamar o filho para casa.
Assim foi naquela noite, também.
Os meninos jogavam futebol ou algo parecido com algumas meninas. Os outros preferiam jogar cartas ou apenas conversar.
Eu estava apenas conversando com Martha e Blair.
- Vocês viram nosso novo vizinho? - perguntei.
- Não tem ninguém novo por aqui. - respondeu Blair.
- Ele se mudou para frente da minha casa. - respondi. - vocês não devem tê-lo visto ainda.
Não adentramos muito o assunto. Elas não pareciam muito interessadas na nova família que tanto me instigava.
Então em meio a nossas conversas, o garoto se aproximou. Não disse nada a ninguém, apenas sentou-se num banco de madeira mais adiante e ficou observando o jogo de futebol.
À medida que o escuro surgia, ele ficava com uma aparência mais assustadora. Iluminado pela luz de um único poste, ele não parava de nos fitar sem dizer uma palavra.
Com o tempo, meus vizinhos foram embora, um a um. Fiquei sentada sob a árvore que eu estava anteriormente, apenas observando-o. Ele parecia olhar diretamente para mim.
Esperei todos irem embora até falar com ele. Eu estava assustada, mas ele poderia ser apenas um garoto tímido tentando se enturmar.
- Olá. - disse, sentando ao seu lado.
Ele não disse nada.
- Qual é o seu nome? - tentei.
Então percebi que o garoto não olhava para mim. Ele fitava o outro lado da praça, me ignorando completamente ou nem ao menos percebendo a minha presença. Depois de um longo período de silêncio, ele disse, sem virar para  mim:
- Eles não me veem.
- Talvez você devesse falar com eles amanhã. - sugeri.
- Eles não me veem.

Desisti de falar com ele. Fui embora.
No dia seguinte, passei pela frente da casa dele. Apenas passei, não parei para olhar nada. Algo realmente me assustou ao passar por lá.
- 4. 4. 4. 4. 4. 4. 4. 4... - murmuravam vozes saindo das portas e janelas.
Não parei para investigar. Senti meus pelos se arrepiarem e um calafrio percorreu-me a coluna. Apenas segui em frente para a casa de Blair.
Toquei a campainha, mas ninguém atendeu. Três vezes. Ela poderia ter saído.
Tentei na casa de Martha. Mas ela também não atendia a porta.
Tentei ainda mais dois amigos meus, mas não havia ninguém em casa.
A única pessoa que consegui encontrar fora Steve. Ele era meu vizinho há muito tempo. Saímos para jogar algum jogo de cartas na praça enquanto os outros não chegavam.
No caminho, íamos conversando.
- Para onde será que eles foram? - perguntei.
- Não sei. Todos juntos? Talvez ver algo no cinema.
- Mas eles convidariam nós dois, também, não acha? - perguntei, mas não houve nenhuma resposta. - Não acha? - silêncio. - Steve?
Virei de costas e Steve não estava mais ali. Então percebi. Havíamos passado pela casa daquele garoto estranho.
Cheguei mais perto e pude ouvir os murmúrios.
- 5. 5. 5. 5. 5. 5. 5...
Apavorada, me escondi atrás de uma árvore e vi um homem qualquer cruzar a estrada. Parecia estar indo para o trabalho. Ele cruzou a casa, mas, aproximadamente na altura da porta, sumiu de vista. Simplesmente desaparecera. E os murmúrios repetiam:
- 6. 6. 6. 6. 6...
Corri para a portaria. Não pensei duas vezes, apenas contei tudo aos porteiros. Eu não inventava histórias, eles sabiam disso, e ao me ver apavorada como eu estava, eles se convenceram de ir até a tal casa.
Eu os mostrei a casa. Eles não murmuravam mais nada, mas os porteiros observavam tudo preocupados.
- Isso é impossível. - disse um deles.
- Por que? - perguntei.
- Porque ninguém se muda para essa casa há mais de oito anos.

quarta-feira, 2 de março de 2016

#vcdevialer Boneca de Ossos


Antes que reclamem, eu sei. Eu sei que tem gente que não gosta de ler e eu respeito isso. Mas se você está indo mal em matérias como Português ou Produção de Texto, talvez devesse cogitar a hipótese de ler alguma coisa.
A Boneca de Ossos é um livro relativamente curto. Principalmente porque a história é muito boa. Mistura um pouco de terror com suspense, e eu sei que você gosta de terror ou de suspense, né?
O livro conta a história de Zach, Poppy e Alice. Três amigos que tem entre 8 e 12 anos (se me lembro direito) e adoravam brincar de bonecos. Até que um dia algo acontece e eles têm que parar (não vou dar spoilers, calma). Poppy então inventa uma nova aventura, dessa vez bem mais séria, que pode ser tanto uma verdade quanto apenas mais uma invenção para que brinquem juntos uma última vez.
De verdade, eu adoraria narrar o livro todo para vocês, e é o que eu faço normalmente com os meus amigos (coitados, vivem cheios de spoilers), mas eu tenho dó. Recentemente dei um spoiler sem querer para a minha amiga e eu acho que ela quis me estrangular. 
A história te prende porque a autora consegue te convencer que aquilo é tudo real. É daqueles livros que toda hora você se pergunta "e se fosse comigo? O que eu faria?" Os personagens poderiam ser seus vizinhos ou colegas de escola. E tudo que eles sentem você já sentiu. E ao mesmo tempo que tudo pode ser muito real, pode ser tudo só uma invenção. Você vai preferir dormir com o armário fechado.

#vocêdevialer porque Boneca de Ossos pode começar a fazer você se interessar por leitura. É um enredo realmente muito bom, daqueles que fica uma angústia quando você termina, que dá vontade de ir até a casa da Holly Black (autora) e dizer:
- Então, querida, não vai fazer uma continuação, não? Porque senão eu mesmo faço. 
Uma vez imerso na história, já era. Você vai querer ler em todos os seus intervalos, e não ache que isso é ruim. Na verdade vai ser muito bom, vai ampliar seu vocabulário e você vai arrasar nas provas. Eu sempre adorei ler, mas houve um tempo em que eu estava presa numa leitura. Eu não tinha mais vontade de ler aquele livro. Então eu li Boneca de Ossos em algumas semanas e voltei a ter vontade de terminar as leituras.

Boneca de Ossos ganhou um prêmio de melhor livro para adolescentes. 

#vcdeviaver Divertida Mente

Não importa quantos anos eu tenha, eu sempre vou gostar de assistir desenhos animados. Eu sei que nem todo mundo é assim, mas também sei que não sou só eu.
Esse novo "quadro" do Blog é o seguinte: eu vou pegar uma animação recente, colocar a sinopse feita por euzinha e dizer porque é legal de assistir. Sem enrolação, let's go


Divetida Mente conta a história de Riley, uma menina de 11 anos que é totalmente #gentecomoagente. Ela precisou se mudar da cidade natal porque o pai conseguiu um emprego em San Fransisco, e se você já mudou de cidade sabe como como é complicado.
Dentro da cabeça de todo mundo, segundo o filme, existem suas emoções (que são esses bichinhos bonitinhos da foto). E o filme é todo em cima das emoções dela.
Eu me identifiquei bastante com o filme, porque todas as situações pelas quais a Riley passa são parecidas (pelo menos uma delas) com alguma que qualquer um passaria.
É importante avisar que depois do filme você vai sair achando que tem bichinhos na sua cabeça. Acredite, e é bizarro.

#vcdeviaver porque por mais infantil que seja, o filme conta situações que você já passou ou que vai passar pelo menos uma vez na vida. E pode te ajudar a contorná-las mais facilmente, também. Vai te ajudar a entender a importância de todos os sentimentos (por mais chatos que sejam, às vezes).

Divertida Mente já saiu do cinema e recentemente ganhou um Oscar. Se você não assistiu ainda, o que está esperando? 

Aninha!